Quando É Preciso Lembrar
12:42Quando eu me mudei para Antuérpia, dez meses atrás, foi muito difícil. Assustador, na verdade. Eu tinha acabado de me mudar para um país estranho, com cultura diferente, cuja língua eu não falava, longe de tudo que me foi familiar por 32 anos, longe da família, sem amigos e só podendo ver meu marido aos finais de semana, pois ele estava trabalhando na Holanda e só vinha para casa na Sexta feira e voltava para a Holanda no Domingo.
Centro de Antuérpia Estátua de Rubens e, ao fundo, a Catedral de Nossa Senhora |
Centro Antigo de Antuérpia |
Stadspark no Inverno |
Chorei muito! Várias vezes por dia. Nunca antes havia me sentido tão sozinha. Eu orava e orava e pedia para Deus falar comigo. O quê, especificamente, nem eu sabia. Só queria ouvir algo que me desse esperança.
Engraçado como, no fundo, no fundo, somos místicos. Queremos abrir a bíblia, colocar o dedo em cima de um versículo e ver os céus se abrirem com trovões e uma resposta divina. Eu sei que as coisas não funcionam dessa forma, mas na hora do desespero, a racionalidade fica meio de lado.
Enfim, creio que Deus falou comigo, porém não da forma que eu imaginava/esperava/queria.
Pouco a pouco fui me lembrando de tudo o que Deus já fez por mim, a começar pelo maior ato de amor da história, a morte do meu Salvador em meu lugar, para que eu tivesse Vida Nele. Me lembrei de todas as vezes que Ele me guardou e cuidou de cada necessidade, de cada detalhe da minha vida. Necessidades que nem eu mesma sabia que tinha. Me veio à memória momentos de extrema dificuldade em que Deus me fortaleceu de forma poderosa, segurou minha mão e caminhou comigo. Pensei em todas as graças concedidas a mim por Ele. De graça mesmo, sem eu merecer, Ele me encheu de presentes: saúde, um marido maravilhoso, irmãs amorosas, familiares queridos, amigos tão próximos quanto irmãos, experiências que jamais pensei em viver e tantas outras coisas.
Deus nunca me abandonou. Ele permaneceu fiel mesmo quando eu era infiel, mesmo quando eu não O conhecia.
Pouco a pouco fui me lembrando de tudo o que Deus já fez por mim, a começar pelo maior ato de amor da história, a morte do meu Salvador em meu lugar, para que eu tivesse Vida Nele. Me lembrei de todas as vezes que Ele me guardou e cuidou de cada necessidade, de cada detalhe da minha vida. Necessidades que nem eu mesma sabia que tinha. Me veio à memória momentos de extrema dificuldade em que Deus me fortaleceu de forma poderosa, segurou minha mão e caminhou comigo. Pensei em todas as graças concedidas a mim por Ele. De graça mesmo, sem eu merecer, Ele me encheu de presentes: saúde, um marido maravilhoso, irmãs amorosas, familiares queridos, amigos tão próximos quanto irmãos, experiências que jamais pensei em viver e tantas outras coisas.
Deus nunca me abandonou. Ele permaneceu fiel mesmo quando eu era infiel, mesmo quando eu não O conhecia.
A minha esperança surgiu quando eu me lembrei da Verdade e me agarrei à ela. Minha esperança se fortaleceu ao me lembrar da fidelidade do Senhor e da certeza de que Ele caminha junto comigo.
Não, eu não estava sozinha. Nem por um momento sequer.
Pude olhar adiante sem temor, na certeza de que estava nas mãos Daquele que nunca me desampara, Daquele que venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia, Daquele que tem todo o poder nos céus e na terra. "De quem terei medo?" (SL27:1)
Não, eu não estava sozinha. Nem por um momento sequer.
Pude olhar adiante sem temor, na certeza de que estava nas mãos Daquele que nunca me desampara, Daquele que venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia, Daquele que tem todo o poder nos céus e na terra. "De quem terei medo?" (SL27:1)
No momento estou lendo o Antigo Testamento e chama a minha atenção quantas vezes Deus pede que Seu povo se lembre Dele, que se lembrem Daquele que os tirou da escravidão do Egito, que os sutentou no deserto, que venceu batalhas por eles.
Repetidas vezes Israel é lembrado e instigado a tirar coragem e esperança no fato de que Deus jamais deixou-o desamparado e que, quando escravizado, seu clamor foi ouvido e de que na secura e dificuldade do deserto, de nada teve falta.
Repetidas vezes Israel é lembrado e instigado a tirar coragem e esperança no fato de que Deus jamais deixou-o desamparado e que, quando escravizado, seu clamor foi ouvido e de que na secura e dificuldade do deserto, de nada teve falta.
Tirei essa lição para a minha vida. Nos momentos em que as coisas ficarem difícies, trarei à memória o que me dá esperança. Trarei à memória um Deus que jamais falha, um Deus soberano, que tem o controle da história e que nunca me deixa sozinha. Me lembrarei de tudo o que Deus já fez por mim e da Sua fidelidade.
Hoje tudo está melhor. Acredito que o choque da mudança já passou. Meu marido está aqui comigo 24/7, tenho amigas, já conheço basicamente a cidade, quando não posso me virar com o inglês, sapeco um holandês quebrado (que espero em breve poder melhorar) e posso dizer que estou bem habituada a vida aqui.
E assim a gente segue, lendo a Sua palavra, lembrando quem Ele é, aprendendo e tirando força e esperança Daquele que é a Fonte de tudo o que precisamos.
Quando estava passando por tudo isso, ouvi uma música milhares de vezes, que fala mais ou menos sobre essa lição que aprendi. Vou deixar o vídeo dela abaixo e a tradução também.
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